Conseguindo a simpatia do entrevistador
- Admin
- 23 de jun. de 2017
- 2 min de leitura

Crédito da imagem: fanpage Entrevistamento no Facebook
Como fazer o recrutador gostar de você na entrevista de emprego*
Imagine que depois de muitas semanas de busca de vagas e envio de currículos você finalmente foi notado. Agora há apenas uma coisa entre você e seu novo emprego: a temida entrevista. É muito comum que as pessoas fiquem nervosas com essa etapa. Afinal, todo mundo quer causar uma boa impressão. Psicólogos e neurocientistas estudam com afinco essa dinâmica. O cérebro humano registra rapidamente as primeiras impressões sobre alguém. Estudos mostram que as pessoas fazem julgamentos em menos de um segundo em relação a confiança e competência dos outros baseados em alguns traços do rosto. Por exemplo, humanos tendem confiar mais em pessoas que parecem felizes e que tenham traços mais femininos, como rosto arredondado e olhos grandes. Já características tipicamente mais masculinas, como formato mais quadrado e mandíbula em evidência, dão uma percepção maior de personalidade dominante e de liderança. Enquanto essas impressões não são totalmente conscientes, elas influenciam na tomada de decisões. O cérebro associa a imagem de uma pessoa a uma personalidade que ele acha que é compatível. Influenciando, assim, em uma entrevista de emprego. Por sorte, a aparência física não é o único fator decisivo. Estudiosos da área de psicologia descobriram que as pessoas confiam menos na primeira impressão quando têm acesso a informações adicionais sobre alguém, como comportamentos passados. Nesse caso, é preciso tomar cuidado para que as informações não sejam um tiro no pé. É comum que experiências negativas tenham um peso maior em relação às positivas quando se fala em ética ou moral. Essa dica é importante para ressaltar que um pequeno ponto negativo na entrevista pode botar tudo a perder. Exemplos incluem falar mal da empresa anterior ou fazer algum comentário preconceituoso. Caso isso aconteça, é pouco provável que você consiga dar a volta por cima. Ao mesmo tempo, seres humanos tendem a focar nas informações positivas quando se tratam de habilidades. Então o fato de você ter conseguido uma bolsa de estudos ou de ter desenvolvido seu próprio app causam uma impressão boa. Esse aspecto positivo tem um viés encorajador. Podemos cometer muitos erros, mas se tivermos uma coisa que ninguém mais tem, podemos abrir muitas portas. A neurociência também explica um pouco sobre as conexões entre as pessoas. A neurociência descobriu que quando alguém conta uma história, o cérebro do ouvinte ativa padrões que espelham o do locutor. Ou seja, quanto mais o ouvinte compreende a história, mais as atividades cerebrais dele e de quem fala sincronizam. É possível usar a comunicação para promover sintonia e fazer com que outras pessoas tenham experiências próximas das vividas na história contada. Estudiosos ainda não conseguiram encontrar fatores decisivos para sincronizar o cérebro de outras pessoas com o seu, mas existe uma tática que costuma ajudar nessa aproximação. Narrativas pessoais são únicas, marcantes e ainda tem maior probabilidade de sintonia. Leve para a entrevista um momento interessante da sua carreira ao contar alguma história de experiências anteriores. Ao dividir algo mais pessoal você fica em uma posição de destaque e terá melhores chances de causar uma boa impressão.
Boa sorte!
*Marco Enes é consultor de RH, conheça seu trabalho em https://marcoenes.com.br/
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